GRANDE LOJA UNIDA FEMININA DO BRASIL https://glufb.org - GLUFB Wed, 04 Jun 2025 18:21:27 +0000 pt-BR hourly 1 Você já ouviu falar da Maçonaria Feminina? https://glufb.org/2025/06/04/voce-ja-ouviu-falar-da-maconaria-feminina/ https://glufb.org/2025/06/04/voce-ja-ouviu-falar-da-maconaria-feminina/#respond Wed, 04 Jun 2025 18:21:27 +0000 https://glufb.org/?p=237 Com mais de 100 anos de tradição na Europa, o movimento cresce e se consolida no Brasil

Embora muitas pessoas ainda associem a Maçonaria ao universo masculino, a Maçonaria Feminina tem uma história rica e um propósito bem definido. Com mais de 100 anos de tradição na Europa, o movimento cresce e se consolida no Brasil, reunindo mulheres comprometidas com o aprimoramento pessoal, a igualdade de direitos e a construção de um mundo mais justo. Mais do que uma fraternidade, é um espaço de transformação, onde mulheres desenvolvem no caminho do autoconhecimento e da liderança com base em valores éticos e humanitários.

De acordo com Carmen Valle, Grã-Mestra da Maçonaria Feminina no Brasil – Grande Loja Unida Feminina do Brasil (GLUFB), a união entre as mulheres dentro da Ordem é essencial para fortalecer a fraternidade e desconstruir visões equivocadas: “trabalhamos intensa e ostensivamente a fraternidade entre as mulheres, fortalecendo os laços de união e respeito mútuo. Nosso lema reflete esse compromisso: formar mulheres de valor para o mundo”.

Carmen enfatiza que a Maçonaria Feminina não busca o reconhecimento das ordens masculinas, mas sim das Grandes Lojas Femininas respeitáveis, já bem estabelecidas em outros países. Além disso, esclarece um ponto importante sobre o propósito da Ordem: “é fundamental esclarecer que a Maçonaria não é um clube de networking para ascensão social, nem um espaço restrito a pessoas ricas. Nossa fraternidade é um ambiente de livre reflexão, com base filosófica e progressista”.

Por fim, ela ressalta que a Maçonaria Feminina não se posiciona como adversária dos homens, mas sim como uma força complementar na construção de uma sociedade mais justa:”não somos adversárias dos homens, somos complementares, somos congruentes. Os homens que ousam apoiar as mulheres maçons, certamente, estão colaborando na construção de uma sociedade mais justa”.

O Processo para se tornar uma mulher Maçom

Para ingressar na Maçonaria Feminina no Brasil – Grande Loja Unida Feminina do Brasil (GLUFB) é necessário ser indicada por uma Mestra e atender a alguns requisitos: ter mais de 21 anos, ensino médio completo e meios próprios de subsistência.

Caso a candidata não conheça nenhuma Mestra, pode se candidatar pelo site aqui, para iniciar o processo por meio de uma Sindicância. Ou seja, uma avaliação detalhada que pode levar alguns meses e que busca garantir que a candidata compartilhe dos valores da fraternidade.

Atuação social

A Maçonaria Feminina do Brasil vai além do desenvolvimento pessoal de suas integrantes, atuando também em diversas ações sociais. No entanto, essas iniciativas são realizadas de forma discreta, sem a intenção de autopromoção.

Expansão no Brasil

Atualmente, a Maçonaria Feminina do Brasil reúne mais de 100 mulheres maçons, com presença ativa em diversas cidades pelo país, especialmente nos estados de São Paulo e Distrito Federal. O crescimento da fraternidade reflete o interesse de mulheres comprometidas com o desenvolvimento pessoal e coletivo, fortalecendo laços de irmandade e ampliando sua atuação social. Além disso, há a perspectiva de inauguração de novas Lojas em várias capitais do país ao longo de 2025.

A Maçonaria Feminina é um movimento de forte relevância histórica e social. Sua atuação reflete o compromisso com a construção de uma sociedade mais justa, equilibrada e solidária, promovendo a união entre as mulheres e o respeito mútuo entre todos. A expansão da fraternidade no Brasil é um reflexo do fortalecimento feminino e da busca por um futuro mais harmonioso e colaborativo.

Fonte: http://www.blognovidadesonline.com.br/2025/04/voce-ja-ouviu-falar-da-maconaria.html

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Liberdade – Igualdade – Fraternidade https://glufb.org/2025/06/04/liberdade-igualdade-fraternidade/ https://glufb.org/2025/06/04/liberdade-igualdade-fraternidade/#respond Wed, 04 Jun 2025 18:19:14 +0000 https://glufb.org/?p=234 Quando John Locke (1632-1704), um dos precursores do pensamento iluminista, discorreu sobre os direitos naturais, ele entendeu que todo homem nascia como uma tábula rasa e adquiria experiências no decorrer da vida, numa era em que a Igreja legitimava os nobres de “sangue azul” que nasciam predestinados.

Quando John Locke (1632-1704), um dos precursores do pensamento iluminista, discorreu sobre os direitos naturais, ele entendeu que todo homem nascia como uma tábula rasa e adquiria experiências no decorrer da vida, numa era em que a Igreja legitimava os nobres de “sangue azul” que nasciam predestinados. Ou seja, John Locke traz a ideia de que todos os seres humanos nascem iguais. Evidencia-se nesse momento, o princípio da Igualdade. Era uma lógica que culminaria em mudanças políticas e sociais, inferindo na sociedade daquela época um novo jeito de olhar para o ser humano.    

Neste movimento do Iluminismo contra a concentração de poderes num único governante, entendeu-se que não seria negada a existência de Deus, mas o ser humano não precisava da religião para produzir conhecimento. Ele poderia fazê-lo a partir do uso de um pensamento de raiz, radical, razão e como todos são dotados de razão, todos têm liberdade para produzir conhecimento.

Um outro pensador iluminista, Montesquieu (1689 a 1755), com seu pensamento de causalidades, vai discorrer sobre os três poderes 🔺 no livro “O Espírito das leis”, seguido de Voltaire (1694 a 1778), que discorrerá sobre a tolerância como o ponto de equilíbrio: a fraternidade.        

                                                                                            

Importante notar que todas essas teorias eram válidas apenas para os HOMENS brancos, livres, da aristocracia inglesa. Assim também se compunha a maçonaria da época. Muitos homens que hoje são maçons, jamais teriam essa condição naquela época. No entanto, essas ideias foram se expandindo na sociedade, ganhando força entre as cabeças pensantes, culminando nas Revoluções Inglesas e deu origem à primeira carta de Direitos civis em 1689, pautada na concepção de direitos naturais e que figura até hoje, no artigo 5º de nossa Constituição. E mais adiante, também vai resultar na Revolução Francesa e até na Independência do Brasil.  Nasce, portanto, um pacto civilizatório de uma sociedade de Direitos. É por isso que até hoje, os maçons vão para suas Lojas glorificar o Direito, ou seja, a sociedade pautada em leis construídas pela soberania do povo.

O Iluminismo garantiu que o letramento, a educação formal, o acesso ao conhecimento pudessem chegar aos homens de origem NÃO nobre, a partir dos Direitos Humanos (e não masculinos), homens de outras profissões (não aristocratas) passaram a compor a maçonaria, mulheres conquistaram o direito de cidadã. Até então, a mulher levava o sobrenome do marido porque era considerada propriedade do marido, como coisa, como escravo. O feminismo é um movimento que busca igualdade de direitos, pacificamente. É diferente do FEMISMO que presume a superioridade da mulher, assim como o MACHISMO presume a superioridade do homem.

As sociedades são dinâmicas e para muitos de nós é difícil acompanhar as mudanças que gritam ao nosso redor. Mas eu os convido a fazer parte desta ousadia. Diferente do que muitos pensam, não buscamos o reconhecimento das ordens masculinas, mas estamos em tratativas com as Grandes Lojas Femininas já estabelecidas. Em nossa Ordem, trabalhamos intensa e ostensivamente a fraternidade entre as mulheres, contra a pecha de que somos inimigas umas das outras. Um de nossos lemas é “Formar mulheres de valor para o mundo”. Não somos concorrentes dos homens, somos complementares, somos congruentes. Os homens que ousam apoiar as mulheres maçons, certamente estão colaborando na construção de uma sociedade mais justa.

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